Cinco perguntas para Carlos Batalha

A Nimboz – Estratégia Digital é uma agência de estratégia digital especializada em criar e desenvolver soluções online para negócios. Aqui, Carlos Batalha, sócio-diretor da empresa, responde cinco perguntas. Confere.




Dá para ganhar dinheiro investindo na internet?

Dá para ganhar dinheiro sem investir na internet? Rsrsrs...

A Nimboz já possui quantos funcionários?

Há dois anos tínhamos uma sede bacana, aumentamos a equipe fixa, tudo dentro do que é considerado tradicionalmente como crescimento e... nossa produção não aumentou. Então decidimos ser realmente digitais. Temos uma equipe pequena, todos em casa. Falamos por Hangout, Messenger, Whatsapp. Entendemos que não faz sentido exigir que todos reservem uma carga horária diária fixa para ficar juntos num local. Queremos que cada um entregue valor à empresa da maneira que se sentir melhor, e não que nos entregue tempo de sua única vida. Já teve vezes de gente da equipe trabalhando numa livraria, ou numa pousada. Atualmente temos três unidades geradoras negócios: em Salvador, Porto Alegre e São Paulo. E temos empresas associadas nessas três cidades e no Rio de Janeiro.

Qual a vantagem de anunciar em novas mídias?

A internet possibilita um alcance geográfico de mídia de massa, mas com especificidades de mídia de nicho, e isso é fantástico. E também permite que tudo seja monitorado. Olha só o exemplo da Iron Bag, uma marca de bags fitness. Algo específico, de nicho. Desenvolvemos o e-commerce e toda a estratégia de presença online da marca. Vendendo apenas pela internet, uma marca nova, sem a referência do toque, de ver ao vivo, já vendeu para todas as regiões. E tudo absolutamente mapeado. Sabemos o horário que mais vende, o dia da semana, idade, cidades, qual dispositivo foi usado na compra, e se a compra foi a partir do Facebook ou de uma busca no Google. Sabemos tudo do negócio e dos clientes em tempo real. Temos uma média de 14x o retorno sobre investimento. Ou seja, para cada R$ 1 investido tivemos R$ 14 em compras, e esse índice tende a melhorar com o conhecimento da marca. Com um investimento menor do que o de uma campanha offline local, conseguimos uma presença online nacional.

Em 2016, qual será o boom do mercado digital?

Não é um boom, mas uma consolidação. Mobile e conteúdo. Meio óbvio, mas é incrível como as marcas parecem não ver isso. Com a internet móvel e smartphones, estamos conectados em tempo integral. Se antes esperávamos a madrugada para acessar a internet discada por horas seguidas, agora temos inúmeras interações em micro momentos ao longo do dia. No meu livro Consumo Vaporizado falo do impacto dessa hiperconectividade na jornada de tomada de decisões. O smartphone e o conteúdo que buscamos nele são nossas referências. Qual o telefone do restaurante? Onde fica a loja? Quanto custa aquele livro? Mas se a sua plataforma não for otimizada para melhor desempenho no Google nem será achada. E se não oferecer uma ótima experiência mobile e seu conteúdo não for bom e envolvente, basta fechar e clicar no próximo resultado de busca. Afinal, qual o incentivo que tenho para permanecer nesse site ou para permitir que essa marca apareça no meu feed? Qual valor ela me entrega? Olha o caso do Alô Alô Bahia. Depois que reformulamos a plataforma e melhoramos a experiência de consumo de conteúdo todos os índices melhoraram. Ou seja, a qualidade do conteúdo pôde ser melhor explorada. Integração entre uma boa plataforma que valoriza uma linha editorial de excelência, isso é a tendência. Inclusive para negócios que não vendem online. Segundo pesquisa recente do SPC Brasil 90% das pessoas buscam online por produtos que desejam comprar em lojas físicas.


Por falar em conteúdo online, tô sabendo que o Alô Alô Bahia está com um novo projeto para marcas seguindo essa tendência... Aguardemos.  

Como enxerga a existência das redes sociais?

As redes sociais sempre existiram, só que em outro formato. Desde sempre temos vontade de compartilhar histórias, de contar experiências. Quando o homem Cro-Magnon pinta a cena de uma caçada na parede da caverna ele está compartilhando aquela experiência e criando uma rede de interações. O articulista escrevia no jornal e os leitores mandavam cartas que eram publicadas e outros leitores liam. O casal convidava os amigos para ver o álbum de casamento em casa. Enfim, o que muda é a plataforma. As redes sociais atuais, online, em tempo real, são plataformas incríveis que permitem que nos conectemos de forma mais eficiente. E isso nos faz humanos. Precisamos do outro. Como disse o psicólogo William James em "Os princípios da psicologia:"Não poderia ser elaborada punição mais demoníaca, se tal coisa fosse fisicamente possível, do que estar numa sociedade e passar totalmente despercebido por todos os seus membros".Se não existisse o outro para atestar que estamos aqui, seríamos uma existência nula, invisível.


 
Foto: Reprodução. Siga o insta @sitealoalobahia. 

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