Sergio K abre o jogo para o Alô Alô Bahia



Paulistano de família rica, Sergio K trabalha quase todos os dias e toma Rivotril todas as noites por conta da hiperatividade. Extremamente reservado – o oposto do que as pessoas pensam, vive cercado de polêmicas por causa das ações de marketing e das frases de suas camisas. Aqui, para o Alô Alô Bahia, Sergio revela sua intimidade e dispara: “ Minha herança será doada, e o que sobrar gastarei em obras de arte”. Confere!
 
Alô Alô Bahia - É difícil manter-se sempre nos holofotes sociais?

Sergio K- Eu não me mantenho em nenhum holofote. Algumas pessoas que me colocam lá as vezes, tenho pavor a exposição.

Alô Alô Bahia - Já chegou a achar que sua empresa não iria prosperar?

Sergio K - Nunca tive tempo de parar e pensar nisso. Durmo e acordo pensando no que tem que ser feito na empresa. Prosperar é uma conseqüência do trabalho duro e bem direcionado.

Alô Alô Bahia - O que acha da juventude bem-nascida que não vai à luta?

Sergio K - Não acho nada. Estou mais preocupado com a minha vida. Cada um vive da forma que acha que tem que viver, eu tive a opção de não fazer nada, então que essa juventude ao menos faça caridade. Minha herança certamente será doada, e o que sobrar gastarei em obras de arte. O grande sucesso de um jovem bem nascido, é encarar sua herança como apenas um plus e não uma condição.

Alô Alô Bahia - Qual seu sonho de consumo?

Sergio K - Sou feliz com o que alcancei materialmente. Hoje meus maiores sonhos são relacionados à vida pessoal, uma tarde de sol com caipirinha me faz feliz.

Alô Alô Bahia - Ainda existe alta-sociedade?

Sergio K - A única alta sociedade brasileira de verdade, existia no Rio de Janeiro e acabou há mais de 50 anos. No Brasil tivemos apenas dois homens que efetivamente tinham trânsito livre nas festas mais privadas ao redor do mundo, são eles Dr. Ivo Pitanguy e Hugo Jereissati (já falecido).

Alô Alô Bahia - O que é exclusividade?

Sergio K - Isso sim é algo que não existe mais. Tudo hoje é acessível, tudo hoje é copia, a alta costura perdeu suas clientes, não apenas no Brasil (Carmem Mayrink Veiga era uma das maiores clientes de sua época em pelo menos meia dúzia das maisons francesas).

Alô Alô Bahia - Para quem você daria nota 10? E nota 0?

Sergio K - Não gosto dos extremos.

Alô Alô Bahia - Quem você gostaria que usasse uma camisa sua?

Sergio K - Dr. Drauzio Varela, não sei explicar o motivo, mas o cuidado que ele tem com o próximo e seu carisma me comove.

Alô Alô Bahia - Quantos emails recebe por dia? Responde a todos?

Sergio K - Mais do que gostaria. Tento na medida do possível responder a todos, que me mandam cv, que pedem orientações profissionais etc...

Alô Alô Bahia - Você deu de presente para seu pai, essa semana, um carro da Mercedes. Qual foi a sua sensação?


Sergio K - Quando tinha 17 anos, meu pai inventou uma desculpa qualquer para eu descer na garagem e quando cheguei lá, na mesma vaga desse mesmo prédio, estava meu primeiro carro.
Me sinto o homem mais feliz do mundo ao poder tentar retribuir em vida parte das coisas que meu pai já fez por mim. Hoje sou eu quem o presenteia com a alegria maior ainda da que senti, quando fui eu o presenteado.




Alô Alô Bahia - Já teve um grande amor?

Sergio K - Todos os amores foram e são um grande amor, alias só é amor se grande for. O maior amor da minha vida é minha avó Sirvart Kamalakian.

Alô Alô Bahia - O pior de 2014?

Sergio K - O resultado das urnas, o país esta dividido.

Alô Alô Bahia - Fez se forte para?

Sergio K - Conseguir deixar um pouco o trabalho e valores materiais de lado e me abrir mais para minha família e amigos.

Alô Alô Bahia - Aonde você quer chegar?

Sergio K - Quero ser lembrado mesmo depois da minha morte, talvez uma fundação que capacite menores carentes, aos poucos ir retribuindo pro mundo aquilo que recebi.

Alô Alô Bahia - Sergio K por Sergio K?

Sergio K - Exatamente ao contrario do que pensam sobre mim, Não sou formado, nunca consegui concluir um curso até o fim, não saio de casa quase nunca, odeio qualquer tipo de droga, tenho medo da morte, gosto de contratar anões para trabalharem comigo, sou a Zebra da vida, tinha tudo pra não dar certo!

Fotos: Reprodução. 
 

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