Anna Libório abre o jogo e conta como divide a vida entre negócios e família

Rotina é algo que não existe na vida da empresária Anna Libório, que comanda a Lenny Niemeyer em Salvador. "Vivo nas estradas e nas asas dos aviões", diz aos risos, mas nem por isso, deixa de manter o olhar atento ao mercado e ao negócio de forma geral. Ela sabe exatamente quais as dificuldades e desafios, assim como a melhor parte de trabalhar com moda. Em bate-papo com o Alô Alô Bahia, ela conta sobre como se apaixonou pelo segmento fashion, passando pela crise e fala ainda sobre seu estilo. Confiram...

De onde veio o gosto pela moda?
Quando criança, observava as pérolas da minha avó, os coques, rendas e sapatos. Ficava encantada. Parava de brincar de esconde esconde, para assistir a produção das 16h, quando ela começava a se produzir pra ir a missa diária. Depois a mamãe, que seguiu à risca os passos, da sua genitora, porém com bem mais recursos de beleza. E para completar o ciclo, só curtia brincadeiras, que envolvessem comércio de compra e venda.  

Como define seu estilo?
Antes de mais nada, tenho um estilo bem próprio e autêntico. Só uso o que gosto, o que seja confortável e que me deixe feminina. Então posso chamar, estilo "Anna" de viver alegre e feliz. Isso para mim é tudo. Não adianta estar em um Pucci, se o coração não estiver pulsando forte de alegria e amor!

Acima de tudo trabalhar com moda é...
Um prazer, uma paixão, criatividade e muito envolvimento com pessoas. 

Quais as alternativas para o momento de crise?
Não preciso citar dedicação, porque este é o grande xis do sucesso na vida, de modo geral. Mas neste momento delicado, vale muito animar e aplaudir a equipe, cuidar especialmente dos custos e se empenhar nas adversidades do comércio varejista, que também passa modificações.



O que busca a mulher que é cliente Lenny Niemeyer?
Sem sombra de dúvidas, busca exclusividade e diferencial, pois a Lenny Niemeyer, além das estampas exclusivas, tem modelagem qualificada e permite que cada mulher valorize suas linhas, alongando ou ajustando a silhueta, com lycras de ponta. A modelagem, e equipe, são treinadas para, cada silhueta. Cada corpo tem seu DNA e cada mulher tem seu look perfeito na marca, 

Qual a maior dificuldade de se manter no mercado?
É difícil conviver com vendas indiretas, a exemplo de redes sociais, que mexeu muito com o mercado de shoppings, e também vendas de porta em porta, que a cada dia mais, cresce e não sabemos como ficam os impostos, portanto, para quem tem lojas e pontos comerciais, tem sido difícil e desafiador. Vamos ver como se comportam os anos seguintes, porque estes estão complicados.
 
Como é a sua rotina?
Rotina não existe na minha vida. Luxo, para mim, é ficar quieta, em casa ou em um dos resorts silenciosos, que temos. Desde a enfermidade do papai e casamento com Ricardo, que é carioca, passei a viver nas estradas e nas asas dos aviões. Então minha única rotina é carregar o tênis e malhar seja onde for, na mata, na praia ou na academia de casa. No mais, tem dias que até me confundo, para dizer onde estou (Risos).
 
Quando não está trabalhando, está...
Pensando em algo, sempre maravilhoso e simples, tipo, happy hour gostoso com as amigas, ir à missa, que adoro, jantar com as filhas e enfeitar a casa e o quarto, para esperar o marido. Sou romântica e sonhadora, acredito no amor e me alimento disto.

Como a família reage, com a mulher inserida no mundo dos negócios?
Venho de uma família culturalmente trabalhadora. Não existe isso de que porque papai é juiz e mamãe advogada e avós abastados, que não se trabalha. Cresci vendo meu pai, aos finais de semana, sair de madrugada para fazenda, montar cavalo, contar gado e me ensinar tudo, e na segunda-feira cedo correr para Fórum, Minha mãe, outra danada, desde sempre trabalhou e nos criou falando sobre a importância do trabalho e sua dinâmica na vida. Depois, vem Ricardo (marido), super empreendedor, gerindo uma empresa com mais de 300 funcionários no eixo Rio/São Paulo e ainda, atendendo ao Brasil inteiro, na aérea de equipamentos médicos. Então eu não poderia assistir tudo isso sem aprender o valor do trabalho. Estaria sendo burra e não gostaria deste rótulo. Amo trabalhar. Feliz de quem ensina aos filhos o valor do trabalho, sou imensamente grata aos meus pais por isso.

O melhor de trabalhar com moda na Bahia...
Fazer amigas queridas e que hoje não vivo sem!

(Por Tamyr Mota)
 

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